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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Estamos todos loucos a procura de um lugar em paz para
Amar.

Um lugar onde seja escuro e nossos sorrisos sejam permitidos apenas para
Amar.

Que sejamos findos, mas que nos tornemos lindos, toda vez que pudermos
Amar.

É escuro lá fora, e mesmo a noite sente frio.
Vamos, amor, abre a porta! Deixa a noite entrar!
Coração pulsa sangue quente por nossas caras já peladas.
Vamos, amor! Faz frio.

Deixa a noite entrar.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

De amor, tivemos pouco.
Mas longe de inatingíveis,
Fomos amantes sensíveis.

Quiçá foi só uma boa razão
Pra pensar no que escrever...

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A Rosa do Povo,
café meio amargo meio aguado
uma barata coxa
Estive em Lisboa e Lembrei de Você
a vida é poesia.

Quem nunca viu olhos de ressaca
mire bem no cristalino de Francisco Buarque

A vida é poesia.
A Rosa do Povo,
café meio amargo meio aguado
uma barata coxa
Estive em Lisboa e Lembrei de Você
a vida é poesia.

Quem nunca viu olhos de ressaca
mire bem no cristalino de Francisco Buarque

A vida é poesia.
E sentado na cadeira de ontem
Te vi sair por aquela porta.

Hoje sei te definir
Melhor do que ontem.

Tu és questão de tempo.

Porque se ontem
Tu foste questão de tempo
Pra te ganhar

Hoje,
És questão de tempo
Pra te esquecer.
A menina
Abre sua porta
E pergunta
Se havia alguém

Ao que o Silêncio
Solitário e incrédulo

Responde
Que sim.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quero um cigarro.
Quero vários cigarros.

Oh, for God sake, um cigarro.

Um cigarro e arte
prá anestesiar

esse calor.


Boa sorte
e me traz mais um cigarro.


O mundo, por si,
não existe 
movido à razão

Então me vê mais um cigarro.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Não faço isso como uma afronta a ninguém, mas confesso que gosto de, por pura estética simbólica, deixar a Bíblia Sagrada entre O Anticristo, de Friedrich Nietzsche, e alguns livros de Ciências Biológicas.

Não tenho partido. Quem sabe o faço para apenas poder me lembrar que os tenho sob meu conhecimento e que a fé não necessariamente está dissociada da razão.

Não sou, também, ateia. Mas não faço ideia do que, em palavras, seja essa tal crença que me move. No entanto não tenho dúvidas de que está bem longe da fé cristã que moveu o espírito Cruzadista e as missões civilizatórias ao Novo Mundo.

Mas tenho em mim a certeza de que já muito mais metafísica do que nos fazem acreditar. O mundo contemporâneo, regado de ciência e pesquisas de precisão convidativa, nos faz afastar do conhecimento do além do material. E é nisso que eu não acredito: que a ciência seja a suma verdade.

Não regro minha existência ao tenho de acessível e palpável. Somos humanos. Assim como outros, somos seres complexos e dotados do que nos difere do mundo inorgânico: Vida.

Assim, eis minha retórica: o que, enfim, há de mais divino do que a Vida?

O que faço do divino me leva apenas a algo que eu, por opção, procuro não definir, mas apenas uso como instrumento que, em definitivo, molda meu caráter. O divino enfim me torna humana. Porque é nisso que acredito: que precisamos ser salvos, mas não por um sopro que vem dos Céus. Precisamos ser salvos por nós mesmos, a todo instante, porque somos movidos pela nossa vontade de viver em conjunto, de estarmos bem com os outros ao nosso redor. Pela certeza que a felicidade só é real quando compartilhada.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Acordei.
Acordei e vi em mim a obra a remate da Natureza
Que me queria uma máquina.
E assim de máquina eu me fiz.

Fim da união singela dos pares opostos e necessários,
Filho das mãos da Evolução
É o que sou.
Rascunhado no meu íntimo
Codificado com tanta destreza:
Desafiei Gribbs.
Eu sou a ordem que se impõe ao caos.

A coordenação perfeita dos membros,
A harmonia exata entre minha pele e os céus!
O círculo tão preciso de DaVinci,
Eu sou enfim a delicadeza do exíguo, que me fez frágil
porém completo.

Mas pelo tanto de energia invariável
que me circula
e que me fez um Homem,
pago o preço do divino:
Aprisiono em mim, amarrado em cordas justas,
um único motor vivo
A que chamei de coração.

Sem ele sou máquina,
Por ele, sou Humano.