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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Somos um suicídio que nasceu;
do sujo, do morto,
do pó que nasceu;

Um suicídio viciado;
que não pretende segurar demais a vida
Que não aguenta mas espera paciente
pra soltar um último suspiro;

Somos um suicídio que vive
só na espera de um momento
que se dá uma última olhada ao redor
e compartilha depois
seus ossos, sua carne, seu pó.

Somos nós,
suicidas,
viciados,
na espera
por um só momento
que poderemos nos chamar de homens
amantes,
anjos,
seja lá como for,

anti-suicidas.