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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Eu não sei deixar de adorar Vinicius de Moraes (como se algum dia fosse querer)

Eu, sinceramente, não sei como deixar de adorar Vincius de Moraes. Eu adoro toda essa aproximação que ele promove em suas músicas e todos seus textos, deixando revelar, por trás de um escritor ímpar, um homem completamente apaixonado pela vida. Eu adoro a sinceridade com que ele escreve por e para amor, sem chegar perto do clichê. E eu adoro toda sua pluralidade de homem não-idealizado, que sofreu, teve angústias, ciúmes, raiva... Mas sobretudo, que deixou ao nosso legado cultural uma vastidão de sentimentos e sensações universais perpetuadas por palavras... e carimbadas pelo meu querido Poetinha.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Brasil é país pra brasileirinho
É país de colo de Iemanjá
Colo materno brasileirinho
(Minha mãe é filha de um sabiá cearense;
E eu que sou filho da tinta de um Rosa menino?)

Brasil é país pra brasileirinho
De gente que pra existir
basta café e água morna da bica
De gente que em cada olheira guarda
Olhar assim todo brasileiro
Um sorriso tão largo que machuca os óios.

Brasil é país pra brasileirinho
Pra dono de bar que declara meios amores
e aumenta o preço da cerveja
Pra meio intelectuais meio de esquerda
sentarmos juntos em uma festa
de espuma e cadeiras de plástico vermelho

Brasil é país pra brasileirinho
Pra moleque nascer malandro
mas com coração de um bom nêgo
Ô moleque que só ama colo de mãe!
É moleque brasileirinho:
Filho de Chico Buarque canivete.

Brasil é país pra brasileirinho
Ora salve Iracema!
salve o sorriso de Irene!
Salve Maria Bethânia!
Salve as mulheres brasileiras que guardam
em conjunto todas as belezas do país!

Brasil é país pra brasileirinho
E é também pai carinho pra
onda que virou marolinha,
É pai carinho que abraça
em todas praias as palmeiras
sombra minha e do Brasil!

Brasil é país pra brasileirinho
Pra gente pequena, tão miúda,
A menor das menores, os sete pecados -
O maior coração do mundo
É brasileiro.
( Ai, poetinha, que delícia! Que delícia foi te ver em todo seu misticismo de poeta, em seus olhos verdes de éter, ai que delícia! ...Poetinha maravilha! Que delícia a chuva e a morena agora do vestido transparente! Não me recordo de fotografia tão bela na memória como esta: as mulheres sorriem Vinicius de Moraes! Poetinha, que maravilha! Saravá, meu grande poeta! Já pensou que delícia se candomblé fosse só poesia? E já pensou num nêgo suado gingando versos Vinicius de Moraes? Ô meu poeta, que delícia... mas não exagera: gosto de to chamar de meu poeta: Te sinto tão eu. É por isso que de poeta se faz poetinha - te tenho tão pertinho... Ô poetinha, que triste seria se um pouco de tinta que corre nas veias dos poetas do querido Brasil não fosse um pouco do whiskey de Vinicius de Moraes... Mas, ai!, que delícia, poetinha! Ah... poetinha... Que maravilha de poeta! E dá pra falar que Copacabana e as meninas de Ipanema seriam as mesmas? Não, não sem a musicalidade nas ondas por onde Vinicius passou... O Brasil todo te quer, poetinha! Meu poetinha, que delícia! Ahh, mas meu poeta, não vá... E a rua Nascimento Silva? E a Elizeth? Que triste seria... Mas que delícia: Vinicius está por perto... e que delícia foi te ver, meu poeta... )

pela saudades de Marcus Vinicius de Melo Moraes
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