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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Não faço isso como uma afronta a ninguém, mas confesso que gosto de, por pura estética simbólica, deixar a Bíblia Sagrada entre O Anticristo, de Friedrich Nietzsche, e alguns livros de Ciências Biológicas.

Não tenho partido. Quem sabe o faço para apenas poder me lembrar que os tenho sob meu conhecimento e que a fé não necessariamente está dissociada da razão.

Não sou, também, ateia. Mas não faço ideia do que, em palavras, seja essa tal crença que me move. No entanto não tenho dúvidas de que está bem longe da fé cristã que moveu o espírito Cruzadista e as missões civilizatórias ao Novo Mundo.

Mas tenho em mim a certeza de que já muito mais metafísica do que nos fazem acreditar. O mundo contemporâneo, regado de ciência e pesquisas de precisão convidativa, nos faz afastar do conhecimento do além do material. E é nisso que eu não acredito: que a ciência seja a suma verdade.

Não regro minha existência ao tenho de acessível e palpável. Somos humanos. Assim como outros, somos seres complexos e dotados do que nos difere do mundo inorgânico: Vida.

Assim, eis minha retórica: o que, enfim, há de mais divino do que a Vida?

O que faço do divino me leva apenas a algo que eu, por opção, procuro não definir, mas apenas uso como instrumento que, em definitivo, molda meu caráter. O divino enfim me torna humana. Porque é nisso que acredito: que precisamos ser salvos, mas não por um sopro que vem dos Céus. Precisamos ser salvos por nós mesmos, a todo instante, porque somos movidos pela nossa vontade de viver em conjunto, de estarmos bem com os outros ao nosso redor. Pela certeza que a felicidade só é real quando compartilhada.

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