Pages

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Acordei.
Acordei e vi em mim a obra a remate da Natureza
Que me queria uma máquina.
E assim de máquina eu me fiz.

Fim da união singela dos pares opostos e necessários,
Filho das mãos da Evolução
É o que sou.
Rascunhado no meu íntimo
Codificado com tanta destreza:
Desafiei Gribbs.
Eu sou a ordem que se impõe ao caos.

A coordenação perfeita dos membros,
A harmonia exata entre minha pele e os céus!
O círculo tão preciso de DaVinci,
Eu sou enfim a delicadeza do exíguo, que me fez frágil
porém completo.

Mas pelo tanto de energia invariável
que me circula
e que me fez um Homem,
pago o preço do divino:
Aprisiono em mim, amarrado em cordas justas,
um único motor vivo
A que chamei de coração.

Sem ele sou máquina,
Por ele, sou Humano.

Um comentário:

  1. muito legal tami!! me supreendeu , vc escreve realmente bem! continua assim!! outra hora volto pra ler outross...beijo!

    ResponderExcluir