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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O coração é um selvagem
que ninguém tem coragem de libertar:

Fica amarrado em canto obscuro
pelas rédeas rubras do corpo,
solitário no centro de tudo
esbanjando vida
afinal sem murmuro.

Mas o coração não suporta e pulsa,
pulsa só pra amedrontar,
Não há coração que exista
sem ao menos bufar.

Ai coração, que perigo!
Desfraldo enfim suas correias
e inicio nossa corrida
Ai coração, vou perder os estribos!

O coração é um selvagem,
não aguento e vou lhe desenredar.

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