E enterrou-se em um desespero silencioso. Incapaz de sucumbir, apenas escutava. E repetia, em sua mente, cada palavra, com a entonação apropriada, morrendo a cada instante e imensamente.
Levantou a cabeça e desejou chorar. Mas por seus olhos parecia apenas passar um vento cortante, que levaria suas lágrimas embora e não permitiria gozar de uma dor líquida e errante.
A dor parecia ter se instalado como um vírus persistente, que não tarda em se reproduzir e causar mais febre.
Morria. E que dor imensa de morrer tão imensamente que se continua vivendo.
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