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sábado, 2 de outubro de 2010

Ai, meu deus!
Queria escrever tudo!
Dói meu o coração 
faltar caneta e papel...
meu deus! quero escrever Poesia!


Tenho uma vontade louca de Te escrever!


Ando sozinha pela cidade
e apenas ela, divina, 
vem comigo, Poesia.


Tenho um medo tão grande de te perder!


Não sumas dos galhos quebrados!
Não sumas do dente torto do jornaleiro!
Não sumas da poça de água suja que o pombo preto bebe!
Não sumas da moça do outro lado da rua que corre de medo de andar na rua!
Não sumas da terra que caiu pra fora do vaso!
Não sumas do homem que perdeu as esperanças!
Não sumas! Ai! Ai!
Não sumas da máquina-de-escrever enferrujada!
Não sumas dos tinteiros dos antigos poetas!
Não sumas das canetas do Vinicius!
Não sumas que eu tenho medo enorme de ver o mundo mais feio!


Ai, Poesia, não sumas!
Tenho um medo irracional de te perder.

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