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sábado, 23 de outubro de 2010

Se tocar em mim não tardará a perceber que dentro guardo um menino e um homem.
Que se tocar manso ou com amor, é pelo menino que chamas...
mas se tocar eletrizante e perto dos joelhos, o homem é quem vem.

Mas, querida, como posso então ser dividido sem dor entre minhas gerações,
 no mesmo corpo que os serve de abrigo?
Pois é, minha querida, se um dia me vir em guerra saberás que o menino será o vencedor...

Toque devagar, querida, um menino em mim descansa e ainda não descobriu o que é calor...
o homem já tão feito que aguarda sedento,
- o Homem é impachorro é invagarento é tudo menos lento -
e querida, me toca com paciência...

Aliás, deixa de tocar, querida; o menino tão esperto não aguenta mais a espera.
deixa-o levantar desse profundo manso descanso que é hora de ao homem ensinar.

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