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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Desapego ao próprio corpo é tarefa de sábios

Eu olho,
Tu vês,
Ele déja vu.

Eu olhei prum relógio,
Tu viste um complexo de pecinhas
Dançando sincronizadas,
Ele acentuou sua harmonia
Com milhares de universos
Giratórios e levinhos...

Eu olho,
Tu vês,
Ele déja vu.

Eu olhei um Sol,
Tu viste uma lanterninha sair
Dos olhos d’uma criança.
Ele descobriu uma pombinha branquinha
Carregando folhas de hortelã
Por cima de um mar
Que engolia o céu
Em sua escuridão.

Talvez um homem olhar para o mundo
E vir em
Seu corpo mortal
mais do que um saco de sentidos
Traria para nós
A sabedoria que vem de
Outro lugar...

Eu olho,
Tu vês,
Ele descobre-se nu.

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