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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Contos de Fada

Seria eu capaz de apostar tudo,
Pôr toda minha fé no mundo,
Só por um segundo, pra chegar a acreditar
Em quem me observa?

Enfim, ao que sei de tudo,
Também sei de nada.
‘Queles trasgos viúvos,
Todos unicórnios e monges,
Nada existe.
Mas balançam em mim,
Tanto, e de tal modo,
Ao espelho d’um pássaro
Que debate-se na gaiola.

Sei de nada!
Creio em tudo!
Mostraria ao vento que este
Já não leva nada se pensa carregar
Meus suspiros.
Esquecem-se de levar meu tudo...

Nenhum morro ou pôr-do-Sol
Me mostra o que quero,
Estando em mil lugares,
Só achei tal brilho em mim.
Mas onde está ele,
Que não o acho? Que não o vejo?

Acima das nuvens e embaixo delas,
D’onde filosofias brincam de ser
Sonhos amarrotados
D’onde misturas de minha fé e meus olhos
São lentes de Reis e Rainhas
Pedreiros de liberdade.
São meus universo-amizade.

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