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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Equilibrium

Os homens da vila perseguiam o Nirvana
com redes, em tardes macias e turbulentas
e acreditavam que como Borboletas,
era simples o modo que ele tornaria-se
mais-do-que-seu.
(Mas a rede era esburacada e assim suas
pequeninas almas)

Não bastou isso para que desistissem
os tão pequenos homens da vila,
Homens da vida,
Queriam como nós ser criatura seráfica
e viver outro sonho de
magicestria*

Fizeram de tudo
e até desistiram do eterno caçar
o que de algum modo ou outro - distante
não os pertencia

Que mais tentar, se não a vida boemia?
Travestiram a alma de fosforescente
ultra-violência
e deixaram correr em suas veias
outra cousa que não era o sangue;
Amaram mulheres por meia noite
e desistiram de lições de latim
para lições que puros homens não tirariam.

Té que um deles feriu o que não poderia,
-o canto da boca angelical da mulher
a imensidão de lábio e de olhos que
engrossaram sua visão-
Olhos secavam a alma d’um dos homens
e este não fez mais do que cair
pr’outro mundo.

Homens da vila,
astutos como eram,
uniram mais do que suas águas corporais,
amarraram todos seus neurônios
em cordas e cordas
- que até pareciam sabedoria! -
e foram juntos,
buscar o outro homem que acabara de ir,
-compaixão-

pra nunca mais voltar.

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