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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Poesia da Alegria Pouco Duradoura

Naquele dia perturbado,
Quando tudo era um nevoeiro nostálgico,
Mas todo desfigurado pelo calor,
A preocupação que embrulhava minha mente
Sumiu naquele momento...

Foi então que, naquele instante, quando
Eu descia a ladeira da minha percepção,
Eu Vi: a roda de pétalas estava
Na minha frente. E havia
Milhares delas! Milhares de rodas,
Que pareciam crianças – leves,
Livres! – que dançavam na minha frente!

Naquele momento eu comecei a subir.
Porque quando Vi, me senti cheio de calor.
(Mas não calor que vinha de fora,
Daquele Sol que arranhava.)
Brilhavam sóis dentro, no meu peito.
E esse calor me fez subir...
Como se houvesse uma escada no céu...
E eu a subia...

Eu não pertencia à nenhuma dessas rodas.
Mas apenas as olhava e todos nós éramos completos
Entre nós, sem um a mais, sem um a menos.
E ninguém me disse, mas eu sabia que o amor que
Vi na minha frente não era meu, mas era Eu.

Entendi que o mundo, todo, era Eu.
Tudo girava – não para, mas comigo –
Em harmonia como deveria ser...
E eu apareci para assistir junto ao céu, aos arbustos,
Junto à tudo – à dança das pétalas que
Começaram o espetáculo no momento certo para
Mim e para todo o Universo.

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