Que saudades do dia que
O pássaro branco, das penas longas,
pousou na minha janela.
Que veio sereno, calmo como num
dia qualquer.
Que o pássaro mostrou à mim tudo:
a vida como ela é.
A vida dos amores, dos poetas
e da Saudade.
(Da Saudade infinita que tenho
e que todos têm.)
Naqueles dias as penas longas do pássaro
branco, - a paz - brilhavam para mim,
pois eu via aquele cantar tranquilo
e me apaixonei.
O cantar tocava minha mão, com sua
voz de veludo e me
mostrava
contros-de-fada e preás e
seca e morenas de olhos
cor-de-mel.
O pássaro branco foi
mais do que pra mim
a vida é.
Pois a vida estava
no pássaro branco das
penas longas.
O pássaro branco me tirou
da escravidão de olhar
pela janela e me levou
à um passeio em torno ao Universo.
Foi então que ele, em sua
tranquila fala, me convidou
para Amar.
E me deixou.
Passarinho, passarinho branco,
vai voar em paz n’outro cantinho desse mundo…
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